quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Dois anos

Na estrada da vida criamos moradas, encontramos paixões, descobrimos amigos e levamos saudade. Durante dois anos fui acolhida pela cidade-modelo, com seu encanto, pela sua funcionalidade e suas oportunidades. Por dois anos minha vida se baseou em suas ruas, por dois anos seus dias cinzentos me trouxeram alegrias, por dois anos sua frieza me ajudou a conviver com minha solidão acompanhada.
Mas tudo tem um fim e esse fim está muito próximo. deixo aqui minhas lágrimas e levo comigo minhas ótimas memórias que compartilhei com seus moradores. Por dois anos tudo o que a cidade me ofereceu era tudo para mim, mas agora esse tudo virou pouco e um dia quero voltar com mais bagagens, mais paixões, mais amizades e maiores realizações.
É triste deixar aquilo que se escolheu para chamar de vida para trás. Tudo com o que me deparei me ajudou a edificar quem eu sou hoje. Mas para seguir em frente é preciso fazer difíceis escolhas, porém necessárias para a evolução.
À todos que eu encontrei, que me apoiaram ou que simplesmente passaram por mim, deixo minha gratidão em forma de sorriso e minha saudade personificada em um abraço. 
Obrigada por fazerem parte!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

É tudo uma questão de "empatia"

E de repente o egoísmo das pessoas me saturou! A insensibilidade das pessoas próximas em relação ao nosso sentimento, não respeitar as regras, furar filas, a maldade em todo o mundo... Como podem as pessoas ser tão egoístas? Como podem deixar de se preocupar com o próximo? Como pode alguém roubar uma criança, sabe-se lá com qual finalidade? Não sei essas respostas. Porém, de repente, todas essas perguntas, e algumas outras, começaram a zunir em meus ouvidos, como um tapa na cara e, assim, enxergar tudo isso.
Como pude eu tantas vezes ser tão egoísta a ponto de não me compadecer com isso? Como pude ouvir uma mulher apanhando e não fazer nada para ajudar? Como pude eu esquecer que não existe apenas EU? Atitudes do cotidiano retratam coisas boas e coisas más... Todavia, só reparamos na maldade alheia e nos nossos bem feitos, como se isso nos redimisse de toda e qualquer atitude que tomamos pensando apenas em nós mesmos.

O mundo é o reflexo do que somos. Pelo o que acontece, parece que não somos boas pessoas. Entendo porque nunca me questionei sobre essas coisas, visto que, além de a verdade doer, é um fardo muito pesado para se carregar sozinha.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

constantemente inconstante

Assim eu sigo
Sabendo o que quero
Mas sem saber por onde ir
Querendo tudo 
Mas sem saber por onde começar

Nesse instante eu quero isso
No próximo minuto vazio.
Constantemente inconstante
Sabendo sem saber como.

Ora razão, ora emoção
O coração pede
A mente aquieta.
A A mente incontrolável
Com o coração transbordando.

Será o contrário?
Querer, poder
Fazer e acontecer...
BLAH!

Muito simples pensar
Difícil é decidir
Eu fico ou eu vou?
Eu quero ou não quero?
Sei ou não sei?
Cala a boca e deixa acontecer.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Sem controle




Quando tudo começou foi lindo, mágico, devastador e intenso. Tenho certeza que isso a assustou, pois todos nós nos assustamos com nossos próprios sentimentos. Acontece que ela deixou-se dominar pelo medo, afastando quem já a amava, em tão pouco tempo, mas um amor puro e verdadeiro. Aqueles amores que nós pensamos nunca encontrar, mas que quando o encontramos o afastamos por medo dele.
Seguiram por um tempo com isso, visto que ela iria embora e, talvez quando voltasse, quem a amava não estaria mais a esperando. Então curtiram os bons momentos, riram, dançaram, correram e brincaram. Deixaram aparecer a criança escondida em cada ser. Tudo isso por um sentimento. Mas, da parte dela, achava melhor manter uma certa distância. A gente nunca sabe quando a dor pode nos devastar. Engraçado que nos devasta mesmo tomando todo os cuidados.
O amor reprimido floresceu quando ela chegou à um lugar longe de todos que a amavam, o amor que ela sentia por quem ela quis manter uma distância segura para não sofrer novamente. Mas o que não sabia ela, era que o medo do amor machuca muito mais que o amor em si. Nunca ouvi ninguém se lamentando por ter sido amado, por mais que este traga algumas dores, o medo do amor, independente da parte de quem, é que realmente machuca. Feriu sua alma com uma certa amargura da humanidade, por conta daqueles que a fizeram sofrer.
Mesmo com o amor a flor da pele, a distância estabelecida agora se concretizava em quilômetros, não conseguia se entregar com totalidade. Tinha dias que estava disposta a amar e ser amada, mas tinha dias que tinha medo desse sentimento tão tumultuoso que a tirava da razão, que nos tira dela. Esse receio trouxe dor, não só para ela, mas também para quem a amava. O pior de se esperar alguém, é a incerteza de saber se se está esperando em vão. As incertezas nos fazem tomar decisões precipitas e muitas vezes inconsequentes, foi isso o que quem sempre a amou fez: precipitou-se e a magoou. Mas o que não sabia é que a magoando magoaria-se profundamente também. Porém, é que sem perceber, isso foi o tudo ou nada. Ela resolveu receber o amor, mas com muito mais medo dele. Então se magoava e magoava quem a amava muito mais. Acontece que a mágoa é exaustiva.  Ninguém a suporta por muito tempo. Mesmo com todo o amor do mundo.
Continuaram se amando, se odiando, se magoando e se apoiando pelo celular. Ah! A tecnologia! Cada qual em seu canto sem saber realmente o que seu amor passava, acabava por tirar conclusões, muitas vezes errôneas, e magoar-se. Muitos momentos bons, muitas promessas, muitas juras de amor. Mas o medo, sempre sorrateiro, rondando esse sentimento que sentiam.
O tempo passa, e como é de se esperar de um amor que nunca se vê, a solidão o acompanhou, acompanhada da solidão, veio a carência, acompanhada da carência, as incertezas, acompanhada das incertezas, vieram as brigas, acompanhada das brigas, muito mais dor do que qualquer ser humano, que ama, pode aguentar. Quem sempre a amou, começou a questionar-se o porquê de tudo aquilo. Por que se magoar tanto. Por que brigar tanto. Por que continuar com algo que não se tem certeza no que vai dar.
Amor e ódio, vida e morte, confiança e ciúme, palavras doces e amargas, certeza e realidade...
Tudo isso em dois seres. Dois seres que abdicaram de tudo em nome de um amor que não se toca. Trocaram noitadas por conversas ao telefone, cinema por uma imagem no computador, um amigo por mensagens no celular,  tranquilidade da vida pacata por um amor louco e incerto. Para que no final das contas descobrissem que o que tinham era uma relação incomum... com seus próprios celulares.

domingo, 21 de abril de 2013

porque meu coração sangra




Não gosto de errar
Não porque não gosto de estar errada
Mas porque não gosto de sofrer
As consequências dos meus erros.
Não gosto de falar sobre meus erros
Não porque eu sou orgulhosa demais
Mas porque meu coração sangra.
Sangra por eu saber o mal que causei
Sangra por motivos que eu procurei
Sangra por saber que te magoei
Sangra por saber que o seu sangra muito mais
E sangra, principalmente, por saber que eu o machuquei.

Sentirei falta



Sentirei falta do olhar profundo e nunca vazio
Que através dele pude captar segredos.
Sentirei falta daquele toque repentino
Que me tira o chão e me faz sorrir.
Sentirei falta do gosto do beijo
Que a cada segundo deste
Equivale a uma eternidade no paraíso.
Sentirei falta do toque que acolhe
E que me tira de mim mesma.
Sentirei falta do cheiro inebriante
Que entorpece meus sentidos
E me tira toda a razão.
Sentirei falta das frases soltas
Que me completam,
Sentirei falta até mesmo daquelas
Em que me perco.
Sentirei falta do sorriso radiante
Que acalenta meu ser.
Sentirei falta das brincadeiras
Que ao mesmo tempo em que me faz menina
Também uma mulher querida.
Sentirei falta da pessoa que sou
Quando estou com você,
Sentirei falta da pessoa que é
Quando está comigo.
Sentirei falta do abraço
Que me tira da realidade
E me leva a lugares onde tudo é bom,
Onde só existe você e eu.
Enfim, sentirei falta de você.
Pois se é dessa maneira que posso te ter
Quero sentir tua falta
Até que a saudade me sufoque.

Paz com dor


Na miséria vivida

Desgraça nunca é demais

A dor de uma perda

Que incendeia a alma

Transformando a vida

Em lágrimas de dor

A tristeza da perda

De quem fica

E a liberdade da angústia

De quem vai

Deixando a carne sofrida

Para a paz almejada

É um pesar não perceber

Que a morte nos braços

É outra forma de viver